terça-feira, 19 de abril de 2011

VAI IR CHARTERS PARA A CHINA



Acho genial a nova campanha do Licor Beirão. Essencialmente porque tem razão de ser.

Eu, bem como muito boa gente que conheço, votava nele de caras, por ser a menos risível das alternativas.

Os mal intencionados podem dizer que pior que o Engenheiro não faria, o que é mais ou menos óbvio, mas a questão é bem mais profunda.

Sou da opinião que a teoria do Paulo Futre tem mérito próprio e com uma inversão de sentido poderia ser a solução para a crise em que nos encontramos. Se em vez de "vai vir charters da China" a assinatura de campanha fosse "vai ir charters para a China", estavam lançadas as bases de um novo modelo económico, com a vantagem do tratamento entre as pessoas do aparelho deixar de ser camarada ou companheiro ou essas mariquices irritantes e passar a um coloquial sócio, que transmite muito maior sentido de pertença e partilha.

Mas detalho os postulados da teoria.

Se mandassemos charters para a China, carregados de jogadores de bola, estavamos a exportar e a equilibrar a balança de transacções comerciais. Os gajos mandam para cá as tralhas das lojas dos chineses e nós pimba, retaliamos com jogadores de bola.

Além de ganharmos divisas, elevamos drasticamente, com uma só medida, o nível cultural do país.

Reparem que se até para o Brasil, pátria de futebolistas, conseguimos exportar jogadores portugueses, (veja-se o exemplo do Liedson), o que fará para a China. Se o Pinto da Costa conseguiu vender o Secretário ao Real Madrid, imagino o que não impingiria aos chinocas...

com um bocadinho de esforço, até o Roberto ia, mesmo não sendo portuguès. Não, tanto também não!

Claro que o combate ao desemprego seria uma prioridade nacional, pelo que teria de se evitar conferências de imprensa ou os desgraçados dos humoristas seriam redundantes e teriam de começar a pensar em emigrar para a China.Podemos ainda aproveitar os charters para exportar o actual primeiro, porque outra forma de nos tornarmos mais fortes é enfraquecermos a concorrência. E todos sabemos que quando o Sr. Engenheiro mete mãos à obra, a coisa vai de mal a pior. Imaginem o bem que poderia fazer a Portugal se fosse primeiro ministro da China.

Teria ainda a óbvia vantagem de ficar rodeado pela família, dado que se o Futre, ou outro qualquer de outro partido ganhar as eleições e os processos pendentes avançarem, o número de primos a aprender Kung Fu na China vai aumentar exponencialmente.

Finalmente, mas não menos importante, não nos podemos esquecer que o Futre já foi do Futebol Clube do Porto e como tal, está habituado a ganhar, o que nos próximos tempos seria uma mudança positiva para os portugueses.

Força Futre, tens o meu voto!

Na pior das hipóteses o nosso rating nacional passa de A-- para AH AH AHA AH!!!