
Dito isto, numa das noites deste fim de semana prolongado fui a um bar que abriu muito recentemente, mais um espaço para dinamizar a noite desta cidade que continua a ser uma referência em todo o Norte de África.
E não, não é o tipo de bar em que estão a pensar, que isto é tudo gente séria, é um espaço com decoração interessante, um piso para fumadores e música agradável para quem goste da música alternativa dos anos 80/90 do século findo.
À porta estava um moço que nos informou que "era 1 € de entrada pago à saída."
Naturalmente não resisiti e disse que sendo assim era 1 € de saída.
Ninguém gosta de um xico esperto e/ou a formatação estava bem feita, porque se limitou a repetir: - "É 1 € de entrada pago à saída!".
Lá entramos e fomos pedindo 4 G&T`s (eramos quatro, nada de bocas).
O barman começou por colocar o limão, seguido do gelo e depois da água tónica. Quando lhe perguntei meio em pânico se não se tinha esquecido do gin, pediu-me para lhe dizer qual era a garrafa do gin que não sabia (tenho testemunhas). Vá lá que teve a humildade de confessar que a especialidade dele era porta, logo está tudo explicado. Não podia saber que o gin tónico era com gin. Vá lá que sabia que era com água tónica, que também é uma pergunta muito comum nos botecos desta cidade. Nas palavras imortais do memorável Sr. Adriano do Está-se Bem: - "Menino, o gin tónico é com água tónica?"
E é sempre bom encontrar alguém da mesma escola de hotelaria da minha mulher a dias.
Aproveitei para ir aos lavabos, onde existia uma daquelas geringonças que vão desenrolando um bocadinho de toalha lavada e enrolando a suja num outro rolo.
Surpreendentemente estava encravada. O facto de não ter ido à inauguração (muito gosto desta palavra) privou-me de comprovar uma teoria para lá de toda a dúvida razoável.
Acho que estas coisas já são vendidas avariadas e não conheço ninguém que já tenha visto alguma a funcionar. Na realidade só deve existir o metro de toalha visível. Tem a vantagem da toalha ser de pano (gosto mais, não destrói as nossas amigas árvores e não tem a poluição sonora daqueles secadores horrorosos), mas a desvantagem de ser pouco higiénico porque toda a gente limpa as mãos ao mesmo bocadinho que fica de fora quando encrava e que acaba por ficar encardido (o pessoal também não lava lá muito bem as mãos, verdade seja dita).
Posto isto, a seguir fomos a um bar onde curiosamente se paga à entrada quando se entra.
Que mais irão inventar?
2 comentários:
"o que vale é que a música é boa!"
um dos comentários atirados para dentro de um bar que eu esvaziava
Pois, a concorrência é uma coisa terrível...
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