quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

UMA BODA AOS RICOS

Porra, tenho mesmo que ir trabalhar, mas este país é uma tentação.
A ver se alguém me ajuda a perceber esta coisa do Banco Privado Português, que a idéia que eu tenho da coisa não pode estar certa.
Ora vejamos, o dito banco não é comercial, é de investimento, certo?
Só tem a ver com investimento financeiro puro, gestão de fortunas, certo?
Não tem nada a ver com a economia real, certo?
Só pessoas com o que vulgarmente se designa por montes de arame é que eram clientes, certo?
Os gajos investiram mal o guito e os investimentos deram o berro, certo?
Isso é um risco associado à perspectiva do rendimento elevado, certo?
Outros bancos vão emprestar uns cobres para tapar o buraco, certo?
O governo vai dar o aval ao empréstimo em caso de incumprimento, certo?
Sou só eu, ou mais alguém acha que qualquer coisa aqui não está certa?
Se esta treta grosso modo for verdade, tenho de dar razão áquele moço Bernardino não sei quantas do PCP (sim, aquele que falou da grande democracia da Coreia do Norte, mas até um relógio parado está certo duas vezes ao dia), que classificou esta situação como uma boda aos ricos!
Uma coisa tenho a certeza, se fosse comigo bem me lixava.
Acho que esse pessoal das fortunas, depois desta, só devia estar autorizado a abrir contas caderneta sem sequer cartão multibanco. É que por este andar, se o governo paga, deixa arriscar outra vez.
Assim até eu!
Bom, vou mas é trabalhar que a mim o governo não me financia nadinha!

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