quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

HÁ COISAS DO DEMO

Realmente tenho descurado este blogue para lá do admissível, mas a verdade é que escrevo estas linhas enquanto ganho lanço para trabalhar mais um bocado. Lamentavelmente é verdade, e as minhas chefias nem sequer conhecem o blogue, portanto vejam lá a minha vida por estes dias.
No entanto, hoje houve uma greve de professores, o que só por si não é grande novidade, mas teve um ou dois desenvolvimentos que vi no telejornal que não resisto a comentar.
Desde já devo avisar que não suporto a ministra da educação (imagino-a sempre como aquela vizinha chata que passa a vida a fazer crochet de avental e a falar da vida alheia), portanto nem que tivesse razão (e honestamente acho que não tem) eu lha dava.
Uma das coisas que me chamou a atenção foi a adesão. O governo divulgou 61% e os sindicatos 94%. Como não quero ser preconceituoso apontava para a semi-soma e diria 77,5%. É preciso que se diga que o governo deu ordem para não fecharem as escolas e mesmo assim 30% fecharam. Assim, é natural que o governo não esteja a considerar essas porque não deve ter conseguido recolher os números.
E já agora, esta greve não foi nem à Sexta, nem à Segunda, portanto não venham com a tanga do costume que foi para aproveitar o fim de semana. Esta foi mesmo porque quiseram fazer greve.
Mas já nada me espanta, porque hoje ouvi um discurso do Engenheiro que quase me convenceu que a baixa do preço do petróleo e das taxas de juro se ficou a dever à sua superior intervenção. Concordemos que lata não lhe falta!
Mas o melhor mesmo do telejornal são as reacções dos encarregados de educação, com pérolas do género: - "Eu até sou a favor da greve, mas deveria ser de forma a não causar transtorno às pessoas."
Ora porra, a idéia é mesmo essa, senão a greve não servia para nada. Já nem os japoneses embarcam na tanga de continuar a bulir com a braçadeira de protesto.
Queriam o quê, greve ao Domingo?
Porra, até se pode dar educação mas quanto à inteligência é que estou convencido que já não há nada a fazer.
Já agora, nos meus tempos de estudante adorava umas grevezinhas de professores, abençoados sejam, e não me parece que tenham prejudicado por aí além o meu percurso académico.
Vejam lá que ainda me lembro do anfioxo!

Sem comentários: