quarta-feira, 19 de novembro de 2008

PORRA, UM HOMEM TEM DE GANHAR A VIDA

Hoje fui acusado, curiosamente por mais do que uma pessoa, de ser um grandessíssimo calaceiro no que respeita ao meu blogue que tem menos publicações este mês do que gajos sérios há na política, se bem que por uma unha negra.
Acontece que um homem tem de ganhar a vida e os dois últimos meses do ano são negros na minha actividade (há gajos que trabalham 24 horas por dia mais 12 por noite). Não é o meu caso, mas já estive mais longe.
Assim, não sobra muito tempo para as coisas realmente importantes (copos, gajas e futebol), mas que é que querem, a vida não é um mar de rosas.
E se não tenho tempo para isso, então para escrever é que nem pensar!
Para terem uma idéia, na passada Sexta feira, acordei às 05h30m da manhã (não é erro, não me deitei, acordei), para ir de camioneta (isso mesmo, tipo carreira só que com pessoal conhecido) para a Covilhã, onde ao abrigo de um programa de responsabilidade social da empresa onde trabalho, ajudei a pintar e a fazer melhoramentos numa casa de acolhimento de crianças desfavorecidas.
Apesar de não ter sido para isso que me alistei, até deu um certo gozo, tirando a parte da hora de despertar, as três horas para cada lado de carreira, o frio de rachar da terrinha e o facto de ter regressado à invicta à meia-noite tão exausto que nem jantei, fui direitinho para a cama.
O facto de ter duas mãos esquerdas e trabalhar com a direita, de ficar derreado das costas e pior da constipação foi largamente compensado pela alegria das crianças ao ver a obra feita e pelo facto de contra todas as probabilidades não ter malhado duma escada abaixo e dado com a mona no cimento.
Mas o facto de não ter publicações que se vejam tem também a ver com a nacional mania do adianço, do muito me vou preocupar amanhã.
Querem exemplo melhor do que o "paramos na próxima"?
Quando vinhamos da Covilhã, havia naturalmente pessoal que estava à rasca para ir à casa de banho. Pois acreditam-se que os gajos, "para não parar já, seguimos até à próxima". E chegando à próxima, "não acham que dá para aguentar mais 40 km que já agora paramos mais perto"?
Bolas, alguém me explica a lógica disto?
Tive um colega que mal paramos, foi logo ao lado da viatura de tão aflito que estava.
Mas é da natureza tuga, portanto estamos perdoados.
E como dizem os políticos, prometo que vou recuperar!


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