segunda-feira, 2 de março de 2009

FREEPORT (OU SERÁ FREEPOR?)

Parece que tem estado muito em voga o caso Freeport (Freepor para quem só teve inglês técnico), mas confesso que tenho andado distraído e não tenho prestado muita atenção ao caso.
No entanto, como a generalidade dos Tugas, tenho a minha opinião sobre o assunto, aliás sobre todos os assuntos, mesmo os que desconheço. E vou tecer alguns comentários, se o Prof. Marcelo pode, eu também posso.
Em primeiro lugar, quero dizer que sou todo a favor de sítios que vendam roupa de marca, bonitinha, a preços mais em conta que a crise toca a todos. Julgo que nesse aspecto, se é que o Eng. teve alguma coisa a ver com isto, prestou um grande serviço à nação, porque bem vestidos ficamos com um ar mais lavadinho, o que prestigia o nosso cantinho e como os olhos também comem, ajuda-nos a enganar os gajos da Eurolândia para sacarmos mais umas coroas.
Claro que se esteve envolvido é óbvio que o Eng. também lucrou qualquer coisinha, porque isto de estar no top ten dos mais elegantes do mundo com o ordenado de primeiro, só mesmo recorrendo a outlets ou aos ciganos, mas com a ASAE de vento em popa não podemos arriscar mais um escândalo de Armanis falsos ou Valentinos martelados.
Assim, uma lojinha barata ao pé da porta vem mesmo a calhar.
Parece que estou a imaginar as notícias:
"PRIMEIRO MINISTRO EM CUSTÓIAS!", seguido em letras muito pequeninas "a fazer compras na feira" que estes gajos da imprensa são uns facciosos que só querem vender papel e destruir arvorezinhas, esses sim destroem reservas ecológicas em barda para imprimir pasquins.
Em segundo lugar, insinua-se que o Eng. só recebeu a rapaziada do Freeport porque teve uma cunha do tio. Ora bem, é uma mentira retinta. Qualquer de nós, se quisesse, era recebido pelo Eng., bastava telefonar na véspera que teria todo o prazer em reunir connosco. E oferecia um cafézinho e uns biscoitos que a hospitalidade é uma característica nacional. Mas efectivamente a ser verdade que foi uma cunha do tio (nepotismo, grita essa cambada de comunas e fascistas), trata-se de preservar uma das maiores tradições nacionais que com esta treta da Eurolândia corre sério risco de fazer companhia ao Mirandês nos anais do esquecimento.
Depois, parece que há pessoal que estranha a rapidez com que o mamarracho foi licenciado. Porra, país de malucos, se demora está mal, se é rápido também está mal, assim ninguém aguenta. Quer dizer, um trabalho bem feito, coisinha despachada e mesmo assim criticam. Nunca estão satisfeitos, vejam lá se se decidem. Não se pode ser eficiente que suscita logo inveja.
Paradoxalmente, os mesmos que protestam a celeridade do licenciamento, mandam vir com a demora no inquérito. Vejam lá se se decidem, em que é que ficamos?
Devagar ou depressa? Arre!
Já deviam saber que a investigação cá no cantinho tem três velocidades. Devagar, muito devagar e parada. E esta nem é das mais lentas, senão olhem para a da Casa Pia ou Camarate! Além do mais com gajos a estudar karate na China, como é que se pode avançar?
Não se preocupem que nada vai ser abafado, vai-se concluir que não havia nada para abafar, era tudo uma cabala!
E acusam o Eng. de alterar a zona de protecção exclusiva, ou lá como se chama aquela porra!
Mal intencionados, o que está mal deve ser rapidamente corrigido e estava-se mesmo a ver que o que ficava bem ali, e já pecava pela demora, era um centro comercial. Abençoada coragem de abanar o Status Quo!
E digo mesmo mais. Se não recebeu guita por isto, devia ter recebido que a livre iniciativa e o empreendedorismo deve ser justamente premiado.
É como diz o Eng., uma campanha negra, é o que é!

1 comentário:

MTOCAS disse...

FREE PORT "UGAL"

WELCOME!