quarta-feira, 10 de setembro de 2008

AS ELEIÇÕES DA TERRA DA DISNEY

Foi hoje feita uma sondagem cá no burgo sobre quem gostaríamos que fosse o próximo presidente dos States. A sério, deu no telejornal, deve ser verdade. Às vezes é.
A princípio fiquei espantado.
Querem ver que já temos direito a voto naquele carnaval e ninguém me avisou?!
Depois pensei que naturalmente havia falta de notícias, era preciso preencher uns minutos de telejornal e lembraram-se desta. Podia-lhes dar para pior!
Podiam abrir com uma notícia do género: "HOJE NÃO FOI ASSALTADO NENHUM BANCO", que isso sim é notícia.
Realmente, nas eleições dos States, como na generalidade dos outros aspectos, a vontade dos portugueses é tão relevante como um mosquito atirado contra um párabrisas a 120 km/h.
Na realidade, nós nem nas nossas eleições votamos, quanto mais nas dos "camones". Mas em comum com os cowboys, quando votamos, na maioria esmagadora dos casos não fazemos a mínima idéia do porquê da escolha, é uma questão afectiva como ser do FCP ou gostar do amarelo.
Nada contra, cada um se deita na cama que faz. E não deixa de ser um critério.
Mas de repente fez-se luz. NÓS DEVÍAMOS TER DIREITO A VOTO NAQUELA TRAPALHADA. Primeiro ninguém gosta mais de uma canetinha, um porta-chaves, um emblema ou até um saco de plástico do que nós, desde que seja à borla. E parece que os gajos lá gastam uma pipa de massa nessas tralhas.
Segundo, seja quem for o palerma que ganhe (a avaliar pelas últimas eleições é o que tiver menos votos, vá-se lá saber porquê), os palermas deste jardim, ao mínimo espirro vão lá a correr com o lenço. E quando dermos por ela estamos metidos nalguma alhada, que aquilo lá não funciona muito pelas regras do bom senso. (nem pouco, agora que penso nisso, ainda nos vamos ver envolvidos na invasão da Jamaica, que esses gajos estão à pega que não tinham nada que ganhar a velocidade nos Jogos Olímpicos).
E acho que devíamos ter direito a escolher quem é o gajo que nos vai meter na trapalhada, só isso.
Por mim escolhia o Obama, tem um badge mais bonito e esse é um critério tão ou mais válido do que muitos que os autóctones vão usar.
E o facto de ser negro deve chatear uma série de gajos, o que confesso me dá um certo gozo.

4 comentários:

Alberto disse...

Bem, eu sou dos que nem nas eleições de cá do burgo me dou ao trabalho de ir votar (quem quiser que critique, para mim um voto em branco não tem o mesmo significado que a abstenção pura e simples; esta, revela mesmo que eu estou a cagar para eles todos e que não acredito que isto vá mudar minimamente nos próximos 50 anos...) , mas até achava uma certa piada em poder votar nas dos nossos patrões...

Talvez preferisse o Obama, sim, pelo facto de ser negro, quanto mais não seja! Mas no fundo, no fundo, estou-me a marimbar para quem vai ser o próximo líder do mundo ocidental...

Eduardo Santos Costa disse...

A verdade é que se votássemos para as eleições dos imperialistas do reino do mal tenho a certeza que a abstenção seria mais baixa. Quanto escolher entre um burro ou um elefante é como jogar xadrez com as brancas ou as pretas – literalmente.

MS disse...

Neste caso não sei onde está o elefante. Não será escolher entre dois burros?

Eduardo Santos Costa disse...

Se é uma escolha de burros então Portugal devia participar pois estamos mais habituados.