terça-feira, 9 de setembro de 2008

COISAS QUE FASCINAM

Não sei se alguém já reparou naqueles preçários que os cafés normalmente têm afixados.
Ultimamente (devo ter demasiado tempo livre, é a única explicação válida) tenho dado uma vista de olhos a esses papeluchos, que por uma razão que me escapa são normalmente azuis e por uma razão que não me escapa têm mencionados os nomes dos produtos e os respectivos preços de venda ao público.
A talho de foice também aparece sempre aquele cartaz magnífico que diz: " Os produtos expostos são para consumo do estabelecimento", que tenho sempre vontade de corrigir, trocando o "do" por "no" com um marcador preto grosso. Mas depois penso sempre que neste país provavelmente até os estabelecimentos bebem e remeto-me a uma introspecção profunda sobre o assunto. Mas isso são contas de outro rosário, voltemos à vaca fria.
Da observação dos referidos preçários, uma repetição saltou-me à vista.
De uma maneira geral, todos eles mencionavam ponche e o respectivo preço.
Qual vinho do Porto, qual quê! O ponche ao poder!
Qual arqueólogo em busca dum túmulo pré colombiano, comecei a prestar atenção e verifiquei que na generalidade dos estabelecimentos, numa prateleira normalmente inacessível sem recurso a uma escada Magirus, existe uma garrafa forrada a papel prateado, invariavelmente inviolada, com um aspecto de pertencer a um passado remoto e com um rótulo deliciosamente anacrónico onde se pode ler a palavra ponche.
Será que estou enganado e a procura é tanta que justifica a impressão no preçário, mas se quisermos uma sande de fiambre ou mais importante ainda um gin tónico, temos de perguntar o preço, porque esses artigos não têm saída que justifique a menção?
A minha grande dúvida é a seguinte:
- Alguém conhece alguém que tenha ouvido alguém dizer que algum dia, em algum café, alguém pediu um ponche e o bebeu?
Pois fiquem sabendo que um dia destes tenciono experimentar. Até pode ser bom. Ou não. Não faço idéia se hei-de chamar o Guiness Book ou o INEM, daí este pedido de feedback.
Mas um dia experimento e se sobreviver relato a experiência.
Quem sabe pode ser o início da reabilitação do esquecido ponche!

2 comentários:

MTOCAS disse...

experimenta lá !!!

...e por favor nem parece teu não corrigires os letreiros dos estabelecimentos !!
Toca lá a transportar um marcador negro no bolsinho para o fazer, a sociedade agradece !!!

Alberto disse...

Se for considerada bebida branca, não podes experimentar...quebras a promessa...